FIESP discute o impacto do roubo de cargas sobre a competitividade da indústria
Mesa de abertura do seminário “Impacto do roubo de cargas sobre a competitividade da indústria”. Foto: Divulgação/Fiesp
No último dia 25/6, diretores do Brasilcom participaram do Seminário “Impacto do Roubo de Cargas sobre a Competitividade da Indústria”, organizado pela FIESP. O objetivo do evento é criar oportunidade de discussão ampla sobre perdas que afetam diretamente a competitividade da Indústria brasileira, relacionados com a adulteração, falsificação, desvio e roubo de produtos. O evento reuniu especialistas em prevenção, repressão, proteção e estudo do problema.
Na abertura do evento, Carlos Erane de Aguiar, diretor titular do Departamento de Defesa E Segurança da Fiesp, destacou a importância do tema, “um dos maiores ofensores da infraestrutura nacional e um dos maiores obstáculos” à atividade das empresas. É essencial, afirmou, estudar os gargalos produtivos, ao que a Fiesp se dedica. “Agora há um ralo produtivo”, disse, consequência do elevado valor já alcançado pelo roubo de cargas.
Há uma série de custos ampliados devido ao roubo de carga, como o aumento do preço do seguro. Isso leva à deterioração do ambiente de negócios. Para não enfrentar esse custo algumas empresas restringem sua área de atuação. Outras mudam suas matrizes ou fecham suas portas, por medo.
Edson Vismona, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco), disse que a cada eleição a discussão volta aos mesmos pontos. “É preciso avançar em propostas concretas”, defendeu. Em relação à receptação, que tem estruturas criminais poderosas, é preciso fazer o combate rapidamente. Há leis contra a receptação, mas é preciso saber seus resultados – por exemplo, quantos estabelecimentos foram cassados por vender produtos roubados.
Pediu apoio para medidas em discussão no Congresso para proibir o contingenciamento de recursos para a segurança. Também, disse, é preciso envolver os consumidores, por meio da rastreabilidade. O custo para sua implantação, está provado, não é alto. É preciso transformar as propostas em ações, defendeu.
“O evento trouxe contribuições interessantes para a discussão e que há um longo caminho que ainda precisamos percorrer como mudanças na legislação que é branda, antiga e ultrapassada; utilizar as tecnologias disponíveis para que as ocorrências sejam solucionadas e evitadas; aumentar o investimento em segurança pública; modernizar a forma de atuação das Polícias (Rodoviária, Civil, Militar, e outras ); coibir nos municípios o comercio de produtos oriundos dos roubos de cargas; a sociedade não deve pactuar com o comércio ilegal de cargas roubadas, entre outras medidas”, avalia o diretor executivo do Brasilcom, Jorge Infurna.
Fonte: Assessoria Brasilcom/Fiesp