O evento discutiu os fluxos internacionais de comercialização de combustíveis claros e sua relevância para a América Latina, apresentado por Vanessa Viola, vice-presidente sênior América Latina, Argus Media; o panorama do mercado brasileiro de claros: dinâmica entre oferta e demanda, importações e preços, com o diretor Brasil da Argus, Clayton Melo; o balanço do mercado de etanol em 2018 e perspectivas para 2019, com Amance Boutin, editor de Biocombustíveis America Latina, Argus Media; e ao final um debate com as perspectivas do mercado de combustíveis em 2019, com os convidados Jefferson Rejaile (BRASILCOM) e Leandro de Barros Silva (PLURAL).
Os palestrantes apresentaram as avaliações de 2018 e as perspectivas para 2019 dos combustíveis claros, com leituras dos cenários de produção de petróleo no mundo e refino, exportação e importação.
Para o mercado brasileiro, esclareceram que ainda não há referências próprias e os preços acabam sendo referenciados pelos preços nos mercados externos, assim como faltam condicionantes como liquidez, um maior número de participantes e transparência (sejam no refino ou na distribuição).Nestes cenários, destacaram uma mudança significativa para o futuro mercado de claros, em especial de Óleo Diesel, com a proposta da International Maritime Organisation (IMO) para 2020 (MARPOL VI), que estabelecerá a partir daquele ano a redução do Enxofre nos combustíveis marítimos para 0,50%. “Esta decisão com certeza vai acarretar uma maior utilização de óleo diesel como diluente de óleos combustíveis para navios (Bunker), trazendo em consequência a expectativa de forte impacto para os preços”, destacaram os palestrantes.
Na última parte, com o debate sobre perspectivas do mercado de combustíveis em 2019 foram apresentados, comentados e debatidos aspetos ligados à estruturação do setor de combustíveis no Brasil, aumento da presença do número de players, com aumento das importações e entrada de empresas estrangeiras na distribuição, projeções de mercado para 2030, problemas existentes como sonegação, roubos de cargas, fraudes em bombas, adulteração por misturas indevidas, devedor contumaz, venda direta de etanol, verticalização da cadeia, possibilidade de importação de biodiesel, entre outros.
Fonte: Imprensa BRASILCOM