“O programa tem que ser muito mais amplo”, diz o vice-presidente executivo da Associação das Distribuidoras de Combustíveis, Abel Leitão, durante evento promovido pelo site NovaCana
21.09.2022 – RenovaBio e o mercado de CBIOs foi um dos painéis da 5ª edição da Conferência NovaCana, realizada em São Paulo, nos dias 19 e 20 de setembro, para discutir temas sensíveis ao mercado de açúcar e etanol, e que contou com a participação do vice-presidente executivo da BRASILCOM, Abel Leitão.
Reafirmando o apoio da entidade a programas de descarbonização, Abel Leitão destacou em sua apresentação, entre outros pontos, as tendências de preços dos CBIOs para o próximo ano, mudanças na regulação do RenovaBio e a participação do programa no mercado de carbono internacional.
Citando o mais recente trabalho realizado pela PUC-RJ sobre o RenovaBio, divulgado em julho deste ano, Leitão disse que simulação realizada pelo estudo mostrou que já haveria problemas na oferta de CBIOs em 2023. Para Leitão, o programa tem que ser muito mais amplo e oferecer títulos de outras fontes renováveis. “Precisamos ser plurais e inclusivos, senão não conseguiremos cumprir a meta. E é um absurdo um programa que movimenta bilhões de reais não ter a obrigatoriedade de ser supervisionado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).” Leitão acrescentou que ainda há um longo caminho a percorrer até a estabilização do mercado futuro no RenovaBio, que tem em estudo pelo Ministério de Minas e Energia, várias propostas como a regulação financeira dos CBIOs pela CVM, ampliação da oferta dos créditos de descarbonização e alteração da parte obrigada.
